Quem diria, a amizade virtual está se tornando uma realidade comportamental comumente aceita, crescente e vista com normalidade por todas as gerações, Para entender melhor as características específicas de cada geração e entender este fenômeno coletivo, deixe-me descrever um pouco sobre cada grupo,
1. Geração Baby Boomers
São pessoas que nasceram entre 1940 e 1960. O termo em
inglês “Baby Boomer” pode ser traduzido livremente para o português como
“explosão de bebês”, fenômeno social ocorrido nos Estados unidos no final da
Segunda Guerra, ocasião em que os soldados voltaram para suas casas e
conceberam filhos em uma mesma época. Foram pessoas educadas com muita
disciplina e rigidez. São pessoas que possuem o padrão de vida estável, dão
preferência por qualidade e não quantidade, sabem o que querem e não são influenciadas por terceiros.
2. Geração X
São pessoas que nasceram entre 1960 e 1970. Valorizam o
trabalho e estabilidade financeira. São independentes e empreendedores. Pessoas
que buscam por seus direitos, procuram
liberdade e tem ruptura com as regras e valores da geração anterior.
Enquanto a Geração Baby Boomer se apresenta como
contemporânea ao nascimento da tecnologia, a Geração X surge fazendo uso dos
recursos tecnológicos promovidos por sua geração precursora.
3. Geração Y
São pessoas que nasceram entre 1980 a 2000 e possuem
características muito especiais, pois foram os únicos que acompanharam a
revolução tecnológica desde pequenos. Se conectaram desde cedo com o mundo
digital e aprenderam na raça como incorporar em seu cotidiano as novas
tecnologias, conseguindo, assim, desenvolver competências diferentes das
gerações anteriores (Baby Boomers e Geração X).
4. Geração W
São pessoas que nasceram entre 1991 à 2000. Essa geração é
uma subdivisão da Geração Y que quando foi criada, possuíam ainda jovens sem
idade para o trabalho. Entretanto, é suficiente sabermos que são tão conectados
quanto qualquer um da Geração Y e possuem as mesmas características.
5. Geração Z
Os jovens nascidos em meados dos anos noventa formam o
conjunto da Geração Z. São motivo de reflexão por conta do seu comportamento
individualista e de certa forma antissocial. Os jovens da Geração Z apresentam
um perfil mais imediatista. Querem tudo para agora e não têm paciência com os
mais velhos quando estes precisam de ajuda com algum equipamento eletrônico ou
algum novo recurso da informática. Apresentam sérios problemas no mercado de
trabalho, quando são exigidas habilidades para se trabalhar em equipe. O
trabalho coletivo demanda respeito e tolerância, virtudes em escassez nos
jovens da Geração Z.
6. Geração ALFA (ALPHA)
São pessoas que nasceram após 2010. É uma geração que não
está totalmente definida. A geração Z e a Alfa podem se fundir numa nova
nomenclatura. Ainda não tem característica precisa. O que se sabe é que nunca uma
geração teve tanto acesso a informação e educação como esta.
(Apoio de texto adaptado: https://blog.fortestecnologia.com.br/gestao-de-pessoas/classificacao-das-geracoes-entenda-como-aplicar-na-sua-empresa/
Escrito por Karina Souza / Adaptado para este artigo por Múcio Morais).
Tendo entendido um pouco do que diferencia uma geração da
outra, podemos perceber o fenômeno da “amizade virtual” considerando os abismos
morais, culturais e comportamentais que existem, certamente existe um fator em
comum que leva todas estas gerações a busca, aprovação e aceitação da “amizade
virtual” este fenômeno é o que me intriga e tem sido a motivação de minhas
pesquisas e pensamentos. Já tenho alguns indicativos importantes e quero
compartilha-los.
1. Solidão,
seja qual for a geração, está vivendo uma “era da solidão” embora o barulho da
sociedade seja intenso, a velocidade faz parecer que as coisas estão
acontecendo, o eco não consegue enganar ninguém, é só olhar pra dentro de si
mesmo e ela estará lá, acenando e fortemente acomodada, “solidão” como disse
Fernando Pessoa: "Quem tem de ser? Não sofre menos quem o reconhece. Sofre
quem finge desprezar sofrer, Pois não esquece. Isto até quando? Só tenho por
consolação, Que os olhos se me vão acostumando à escuridão. (Ferrnando Pessoa,
13-1-1920). Um tempo, não uma geração, mas um tempo que nos une a todos no
isolamento da individualidade, do medo, da insegurança, da incerteza, da
afirmação da própria personalidade, da recusa em mudar, enfim, isso temos em
comum, estamos sós como em nenhum outro tempo.
2. Nossa
Necessidade fundamental de expressar sentimentos, expressar nossos
sentimentos é uma parte fundamental em nossa vida. Faz parte de nosso sentimento
de bem estar, nos traz conforto emocional, nos coloca na perspectiva ideal das
relações, ameniza o medo da crítica, alivia a culpa, quer seja consigo mesmo ou
com as pessoas que nos rodeiam, sempre seremos um mar de emoções e teremos a
necessidade exteriorizar e expulsar, lançar, expor, entregar, fazer saber
nossas emoções. Parece-me que é aí que se instala um dos mais significativos
componentes da “amizade virtual” que traz possibilidades infinitas que apoiam e
ajudam esta necessidade, por exemplo o “meio anonimato” que nos protege da
exposição “completa” afinal de contas o “amigo virtual” é meio gente e meio holográfico,
o que já ajuda muito, considerando as dificuldades normais para se expor
sentimentos.
3. A Falta
de compromisso “real” com os amigos virtuais; Embora se afirme, neste
modelo, a fidelidade, cumplicidade, sentimentos de afeto mútuos, lá no fundo
sabemos que a virtualidade nos protege e nos impede de agirmos em muitas
situações, então toda declaração pode ser feita com uma assinatura digital.
Oferecer um ombro digital amigo, uma conversa digital, um conselho digital, uma
bronca virtual, um xingamento virtual regado a uma indignação virtual, um
perdão virtual e um longo abraço virtual, como todo amigo de verdade faz. E
você nem precisa emprestar nada ao amigo virtual, isso é ótimo, porque fora do
virtual, os amigos geralmente não devolvem, as amigas que o digam. Quantas
roupas você tem “emprestado” com suas amigas “reais”? Este quesito da “amizade
virtual” é certamente um dos melhores.
5.
O Estado
emocional de muitas pessoas às levam a acreditar até em Papai Noel, quanto mais
em “amizade virtual”. Um número assustador de pessoas passa neste momento
por crises emocionais muito sérias, falo de depressão, ansiedade, pânico e
outras doenças. Um mundo inseguro, que coloca as pessoas em um caminhão acelerado
e desembestado numa ladeira, com uma sobrecarga de soluções, fórmulas, verdades
e culpas, onde cada um é um “motorista” sem habilitação. E, é obvio que as
pessoas estão com medo, inseguras, sobrecarregadas, sofridas, acusadas,
frágeis, carentes e podem ceder a qualquer modelo de acolhimento que lhes
tragam algum conforto. Sinceramente, neste cenário, a amizade virtual pode ser
uma das melhores situações para quem está ladeira abaixo, obviamente as pessoas
precisam de ajuda especializada, mas se não buscam ou não lhes está ao alcance,
este modelo ajuda.
6.
A Crença
de que algo novo vai acontecer; Como nos jogos de loteria, neste modelo de “amizade
virtual” as pessoas acreditam que podem encontrar seu grande amigo ou mesmo o
amor de sua vida, UAI, porque não? Claro que podem. Constatei esta situação
navegando em um site de vídeos, atualmente, a título desta pesquisa, tenho
utilizado 11 Plataformas Virtuais que se propõem a diversos objetivos como
publicar textos, vídeos caseiros, ferramentas de edição, namoro, casamento,
amizades, contatos profissionais, fofocas e por aí segue, é incrível o nível de
entrega pessoal nestes relacionamentos, mesmo que virtuais, algumas pessoas
entregam a própria vida nas mãos de “amigos estranhos” simplesmente crendo que
algo novo está acontecendo. Confiar na chegada de algo novo é da natureza
humana, pelo menos latina, haja visto nossas expectativas e ansiedade pela
novidade demonstradas nas comemorações de mudança de ano, quando na verdade
tudo não passa de um dia para o outro, mera ilusão estampada em um calendário!
7.
O Status
das novas amizades; Quem não quer ser amigo de uma celebridade?
Especialmente de uma Celebridade que atua em uma área de sua atuação ou admiração?
Um médico recém formado que é amigo do Dr. Deepak Chopra, um psicólogo que é
amigo do Dr. Dan Ariely, Dr. Howard Gardner ou Dr. Daniel Goleman, um ator
amador que é amigo de Carlos Vereza, Tarcísio Meira ou Fernanda Montenegro? Um
Palestrante que é amigo de Tony Robbins, Mário Cortela, Luiz Marins, enfim,
para muitas pessoas este status faz diferença, poder conversar, curtir, opinar
nas publicações destas pessoas influente e admiradas. Muitos nem precisam
chegar a tanto, já se sentem importantes sendo “amigos virtuais” de
celebridades locais e até mesmo do aplicativo. Se sentem importantes por serem
correspondidas em diversas etapas;
Pretendo dar sequência a este estudo, não sei ainda onde vou usar este material, tenho centenas de anotações e gravações, esta síntese é uma forma de me situar sintetizando algumas das minhas principais constatações.
ALGUNS APLICATIVOS UTILIZADOS NESTA PESQUISA:
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Obrigado pela paciência!
Múcio Morais