A falha de comunicação no marketing pode ser caracterizada quando há falta de clareza, a transmissão de informações é ineficaz ou mesmo quando geramos um sentimento inadequado para se negociar, resultando na não entrega ou na entrega incompleta de uma mensagem ao destinatário. É um erro que pode causar desinformação, mal-entendidos, mal-estar e propensão à tomada de decisões errôneas.
Uma dessas fórmulas largamente utilizadas em especial quando
há uma fala é a pseudo associação da empresa, produto ou serviço ao comunicador.
Quando quem comunica, claramente não faz parte do negócio, mas chama o produto ou serviço de “nosso” isso mesmo, aqueles
textos que conferem intimidade e integração do comunicador com a empresa.
Gerar leads é um
processo delicado e que primordialmente precisa alcançar as emoções e
vinculá-las para descrever práticas de interesse ou questão de um possível cliente num determinado produto, ou serviço de uma empresa. Os leads, ao contrário dos
prospects, são contatos que demonstraram interesse por algum tipo de produto ou
serviço e quando um sentimento de falso de pertencimento é percebido, ele
literalmente cai fora.
Esta semana estava assistindo a um programa esportivo, e, um
dos apresentadores fez o mercham de quatro produtos e dois serviços, neles todos ele firmava que “nós oferecemos, venha nos conhecer, nós garantimos o que
produzimos, nosso produto é insuperável, nós estamos te esperando, nós, nós,
nós”...
Ontem também estava assistindo o “Shark Tank Brasil” e
vários empreendedores se faziam este tipo de apelo, “venha melhorar o mundo
conosco, venha alimentar o Brasil, vamos juntos nessa, vocês estão prontos para este
desafio?”, a expressão nos rostos dos Sharks era de constrangimento, eles não
são parte daquele negócio, na verdade, a fala direta e consistente mostra
verdade, e, verdade vende. Que tal algo como “estou aqui para agregar um bom
sócio, quero convidar vocês a entender, gostar e desenvolver esse negócio”, sem
intimidar ou constranger, apenas comunicar e despertar o melhor e não um
sentimento duvidoso, e, sem perder a ternura. hahaha
Cuidado com este detalhe de comunicação, não inclua quem não
se incluiu ainda, não chame de amigo aquele que mal te conheceu, não inclua
membros na família quando a empresa não é família, é empresa, clientes querem
ser clientes e o que passar disso deve ser resultado da relação com a empresa. Se
sua agência prática este modelo de comunicação, chame-os e procurem juntos um
novo caminho.
Quanto a este apresentador esportivo, eu o pediria para
falar de fora para dentro de minha empresa, não vincular a sua imagem ou modelo
de comunicação, se não fosse atendido, estaria fora desta emissora. Quero minha
empresa associada aos que realmente fazem parte técnica e humanamente
dela. Quer seja minha equipe ou mesmo meus clientes.
Pense nisso!
Múcio Morais