Dicas para ter uma vida financeira equilibrada
InfoMoney
Educação financeira.
O termo, cada vez mais presente na vida dos brasileiros, ainda não recebe a atenção merecida por muitas pessoas. Em parte porque, à primeira vista, parece uma proposição pouco tentadora: ter que abrir mão de alguns prazeres em troca de um benefício incerto.
Mas não é bem assim: a educação financeira traz, sim, bons retornos. Para ajudá-lo a entender melhor algumas das vantagens da educação financeira, elaboramos uma lista de regras que, se seguidas de perto, podem melhorar a sua vida financeira.
Os dez mandamentos
Os dez mandamentos têm como objetivo mudar seus hábitos financeiros, ou seja, a forma como você aborda as suas finanças pessoais. Não se assuste; o que propomos não exige mais do que organização, um pouco de planejamento e algum sacrifício pessoal.
Organize suas despesas por data de vencimento e pague suas contas em dia: assim você evita gastos desnecessários com multas e juros.
Pague sua fatura de cartão de crédito integral; quando não for possível, pague ao menos o mínimo, e não incorra em mais gastos no cartão.
Analise com atenção seu extrato bancário, observando possíveis cobranças indevidas ou uso excessivo do cheque especial. Veja se não existe um pacote de tarifas mais baixo, que inclua apenas os serviços que você efetivamente utiliza.
Acumule uma reserva financeira igual ou superior a três meses de despesas correntes.
Portanto, para quem gasta constantemente R$ 2 mil por mês, isso equivale a acumular ao menos R$ 6 mil.
Siga à risca seu planejamento orçamentário. Pense nele como se fosse uma dieta. Basta um deslize que você rapidamente acumule um quilo (ou dívidas), que depois demora semanas ou até meses para perder.
Mude seus hábitos de consumo e evite qualquer compra ou contratação de serviço antes de efetuar uma pesquisa comparativa de preços. Isso vale para tudo, até mesmo a contratação de produtos e serviços financeiros, como cartão de crédito, financiamentos etc.
Não atrase o pagamento de prestações e procure manter um histórico de crédito positivo. Na hora de financiar, isso lhe garante condições mais favoráveis.
Poupe regularmente: primeiro, para montar uma reserva de emergência; depois, para garantir seu futuro.
Faça um planejamento fiscal dos seus investimentos. Separe os recursos, de acordo com prazo de investimento, de forma a reduzir a carga tributária incidente. Desde janeiro de 2005, a alíquota de tributação na renda fixa e na previdência privada passou a ser regressiva, ou seja, diminui à medida que aumenta o prazo de investimento, exigindo uma separação dos recursos de curto e longo prazo.
Não contribua mais do que precisa para a Previdência Social. Ou seja, contribua apenas até o teto dos benefícios. Qualquer quantia acima disto deve ser direcionada para a previdência privada.
Aqui também é preciso cuidado: limite sua contribuição aos PGBLs e planos tradicionais ao teto de dedução permitido; o restante, direcione aos VGBLs.
Não se esqueça de se manter informado, pois conhecimento vale ouro. Se você acompanha o que está acontecendo ao seu redor, dificilmente tomará atitudes precipitadas ou emocionais na hora de investir!
Educação financeira traz bons retornos
Ainda que não exista no Brasil um estudo quantificando os benefícios da educação financeira, não é difícil entender os benefícios obtidos com ela.
A manutenção de um bom histórico de crédito juntamente com o hábito de pesquisar as condições de financiamento oferecidas permite que a pessoa consiga se financiar a taxas mais baixas.
A adoção de princípios básicos de planejamento e controle financeiro possibilita que você alcance mais rapidamente e sem gastar tanto alguns dos seus objetivos de consumo, assim como possibilita uma maior folga no orçamento, o que, em última instância, traz maior tranquilidade à pessoa.
Esta estabilidade emocional reduz a impulsividade das decisões de consumo e investimento. Neste contexto, pode-se afirmar, sem qualquer sombra de dúvida, que o maior benefício da educação financeira é permitir que você tenha controle da sua situação financeira. Algo que, efetivamente, não tem preço!
Já pensou que um dos fatores de stress e falta de motivação de sua equipe pode estar voltado para os conflitos gerados por situações financeiras não resolvidas? Vamos ajuda-los?
Múcio Morais
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PALESTRAS E TREINAMENTOS DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA