SIPAT - SEGURANÇA NO TRABALHO COMEÇA COM A VALORIZAÇÃO DE SI MESMO - SIPAT - Múcio Morais

Segurança e saúde do trabalhador, comecei a estudar o tema há vários anos, participei de encontros, congressos, seminários e ainda sou presente nesses eventos, conheço grandes autoridades da matéria, mas sempre vi uma certa dose de interesses e sentimentos inadequados de vaidade, estamos ou não falando de vidas humanas? Eu me perguntava!  Logo percebi que havia uma ligação intrínseca entre os regulamentos e o processo humano de autopreservação. Regras, Normas, Leis e Processos de conduta precisam geralmente de um toque de humanidade, o ser humano não funciona somente a base de orientações técnicas, algumas vezes é preciso deixar bem claro o porquê. 

Segurança do trabalho não pode ser lobby, nem me engana que eu gosto! Gente, estamos falando de pessoas, famílias, pais, mães, avós, tios e tias... 

A Começar pela constituição da equipe de segurança no trabalho, ação exigida por lei que visa à estruturação das ações de segurança em todos os níveis, por outro lado, a Segurança do Trabalho faz com que a empresa se mobilize em torno do tema, gerando melhoria na qualidade do consciente coletivo, revisitando as questões de valorização do ser humano, da família e da vida, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos e serviços, melhorando as relações humanas no trabalho. Ou seja, a questão segurança forma o sentido comunitário, onde a disciplina aliada a solidariedade são as bases. 

Tenho conversado com profissionais da área e sempre percebo a proposição: O QUE FAZER PARA TORNAR AS PESSOAS MAIS CONSCIENTES DA PRÓPRIA SEGURANÇA E DA SEGURANÇA DOS OUTROS? 
Sua atitude, crenças e valores no trabalho são reflexões de sua vida e de como ela é administrada. 
 
Vivemos num país não muito afeito ao cumprimento de regras, as pessoas se sentem desafiadas, muitas vezes até afrontadas. Falta-nos maturidade, consciência para entender que regras e normas são pensadas em nosso favor. Que sociedades sem regulamentos se transformam em caos, da mesma forma que processos sem regras atingem resultados diferentes, imprevisíveis. 

No caso da segurança, ISSO É SUICÍDIO, pois a vida deve ser prevista sempre. As emoções, o ímpeto, a cultura, a formação, a autoconfiança e as circunstâncias dizem não a disciplina, mas a razão deve sempre dizer sim. 

Estar vivo para levar uma bronca da chefia, do cliente ou até mesmo ser demitido por não concluir determinada tarefa no tempo previsto, pode ser a prova de que seguir as regras de segurança vale à pena. 

Isso não deve servir como desculpa para a falta de produtividade, mas SE ESTA COMPROMETE A QUESTÃO SEGURANÇA, obviamente O PROCESSO PRECISA SER REVISTO. GOSTAR DE SI É UM QUESITO DE SEGURANÇA IMPRESCINDÍVEL O homem que não ama a si cuidará dificilmente de si e de outros. 

Como na canção de David Guetta que diz: (minha tradução) Amando a mim mesmo Amando a mim mesmo No amor com a minha própria reflexão Carinho comigo mesmo Com a visão que eu vejo Não há mais ninguém Eu estou levando minha própria direção Eu posso ver a perfeição Fazendo tudo que posso para mim Amando a mim mesmo Como centenas de olhos me esperando Não pode tirar completamente E as luzes estão me queimando As implicações de amar a si refletem no valor que damos aos outros. É preciso ter orgulho da própria história e continuar a escrevê-la com a tinta do amor e da dedicação, ninguém pode deixar de ter orgulho de si. De sentir-se parte, importante e em muitos casos essenciais. 

É preciso se amar antes mesmo de exigir o carinho dos outros, vivemos num mundo onde recebemos de volta, como regra geral, aquilo que espelhamos. Quem se percebe importante pode dar aos outros o mesmo valor. 

No que diz respeito à segurança no trabalho, este sentimento faz toda a diferença. O estado do Sistema de Autopreservação e Preservação é basicamente formado pelos acontecimentos que tiveram maior peso emocional, quer dizer, que mais mexeram com nossas emoções, provocando registros moleculares. Esses eventos de forte significado emocional vão constituir uma programação, de tal modo que podemos viver protegidos pelos registros emocionais que nos despertam para a vida. 

Estes registros estão geralmente ligados à família, pessoas e situações que amamos, eventos passados e futuros, sonhos, projetos de vida, promessas e outras situações marcantes. 

CASOS: Um operário da construção civil me disse há alguns dias que sua motivação para seguir as regras, mesmo aquelas que “empacam um pouco nosso trabalho, segundo ele” é o desejo de ver sua filha de seis anos formada na faculdade, oportunidade que ele não teve. Outro Operário me confidenciou que pensa o tempo todo no futebol com os amigos no final de semana, isso é a melhor coisa da vida para mim, declarou ele. 

Outro ainda expressou o momento da chegada em casa, quando contemplava sua família à mesa, cada um com sua narrativa do dia, segundo ele ”isso é o que faz a vida valer a pena”…  

Após um acidente de trabalho, um amigo muito querido me disse: Olha Múcio, eu me desconcentrei, tive um surto de excesso de confiança, comecei a pensar no negativo e quase perdi minha mão. "Marcos ficou por quinze meses se recuperando de um acidente com uma prensa hidráulica" após quinze anos sem nenhum acidente sério. 

Embora as motivações sejam diferentes, todas têm a mesma origem e esta está em nossas emoções, geradas a partir da percepção dos valores que dominam nossa vida. 

Fico por aqui hoje, NÃO SE ESQUEÇAM DE DECIDIR PELA VIDA, respeitar e fazer com que seu pessoal cumpra as normas de segurança do trabalho e demais regulamentos vigentes nos locais em que estiverem trabalhando; siga as regras, seja disciplinado e cuidadoso, avalie os riscos, seja cauteloso e responsável, enfim, volte para a casa todos os dias com o sentimento de dever cumprido. 

Múcio Morais é Palestrante Motivacional, especialista em Programação Neurolinguística. 
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Se a humanidade tivesse uma única semana no ano de SIPAT, teríamos um mundo muito melhor!

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