Os esportes estão tomados, patrocinados e orientados para as apostas, assistindo a um jogo de futebol nesta semana, além de ver o patrocínio nos uniformes das equipes, a transmissão teve nada menos que 10 inserções de publicidade em apenas 3 horas de transmissão.
Mais de 3 MILHÕES de brasileiros te problemas com jogos de azar, quase 90% dos apostadores on-line estão endividados, as apostas movimentaram mais de R$ 60 BILHÕES em apenas 1 ano, mais de R$ 23 BILHÕES de prejuízos diretos para a população, pessoas perdendo tudo, jovens entrando em um ciclo de vício que parece inofensivo, a fala é "Jogue com responsabilidade", mas, isso não é verdade, não existe jogar com responsabilidade, as aparências enganam.
O vício não começa quando se fica devendo, quando se precisa, não, o vício começa na ilusão, na falsa promessa de ganhar dinheiro fácil, na sensação de que "agora vai" dessa vez eu consigo, xô azar, xô pobreza, dessa vez vou me dar bem, a minha vez chegou.
Enquanto isso, celebridades estampam sua imagem sorrindo, fazendo parecer que apostar é legal e divertido, atual, descolado, Neymar, Felipe Melo, Cauã Reymond, Vinícius Jr, Gustavo Lima, Michel Telor, todos emprestaram sua credibilidade para tornar normal e inofensivo este comportamento, e o problema não é sobre quem fez, mas sobre o que isso representa vindo como orientação do maior ídolo, aquele que em quem muitos se espelham.
O que estamos ensinando para esta e as próximas gerações, qual o preço a pagar? O que faremos quando o limite deixar de existir e for substituído pelo vício e pela decadência moral e financeira?
Que nome podemos dar ao ato de divulgar uma armadilha como se fosse uma conquista é no mínimo falta de caráter e firmeza de princípios, a decadência dos valores básico de uma sociedade, a cultura do dinheiro acima da moral e a decadência sobre a consciência, falta de discernimento, falta de responsabilidade pessoal e social, nenhum dinheiro justifica a cumplicidade com esta epidemia que está levando milhares de pessoas à decadência.
Temos o costume de reclamar da política e dos políticos, e certamente eles estão no topo da liberação deste desatino, mas, na verdade, o Brasil é o resultado de nossas escolhas, do tipo de gente que somos, da sociedade doentia, incluindo as celebridades e autoridades, são escolhas feitas na madrugada as escondidas, valores transitando nas contas, conversas ao pé do ouvido,
Colecionamos atos duvidosos, o que dizer da furada de fila, atestados sem doença real, vinculo sem vínculo para receber o seguro desemprego, informações falsas no CAD Único, Informações falsas no Bolsa Família, e, o que dizer dos currículos imprecisos e cheios de falsas habilidades? Vender a consciência por conta de alguma grana, não parece tão sério assim.
A Problemática é sempre a mesma, só mudam valores, lugares e pessoas, mas a falta de ética e a manutenção da cultura dos bandidos aportados se mantém.
Como viver e educar família em um país como esse? Uma nação que navega entre a falta de consciência e o descaso total com seus próprios filhos. Uma geração corrupta e sem responsabilidade sucede a outra do mesmo quilate e ainda queremos respeito do mundo. Aqueles que formam opinião, acham lugar no coração da pátria, destrói a própria pátria com sua fraqueza moral.
Texto adaptado do vídeo República das Bets, de Marcelo Toleto publicado no Instagram.
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