Síndrome do Pânico ou transtorno do pânico
Dicas para ter uma equilibrada
Síndrome do Pânico não é uma doença do cérebro causada por algum "defeito da Serotonina". Quase ninguém precisa medicação "para o resto da vida". Transtorno do Pânico cura sim, porque ele quase sempre é uma reação do seu organismo uma situação estressante cuja saída envolve decisões importantes, perdas afetivas, financeiras, mudanças de estilo de vida, etc. Por isso recomendamos algumas medidas além da medicação. Entre elas uma forma de psicoterapia, ou Meditação, ou acupuntura, ou aconselhamento espiritual (adequado) dependendo do caso.
1) Sintomas da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico:
Os sintomas físicos mais comuns são taquicardia, sudorese,
sensação de falta de ar (não se preocupe porque ninguém jamais morreu sufocado
por causa de Pânico), tremor, fraqueza nas pernas, ondas de frio ou de calor,
tontura, sensação de que o ambiente está estranho, que a pessoa "não está
lá" (isso se chama desrealização e não tem nada a ver com loucura, não se
preocupe), de que vai desmaiar, de que vai ter um infarto, de uma pressão na
cabeça, de que vai "ficar louco", de que vai engasgar com alimentos,
assim como crises noturnas de acordar sobressaltado com o coração disparando e
com sudorese intensa.
Alguns pacientes referem diarreias intensas em determinadas
situações. Outros tem todos os sintomas de uma Labirintite. Outros passam a ter
pensamentos que não saem da cabeça de que poderiam ter doenças graves mesmo que
todos os exames sejam normais, ou de que poderiam fazer mal a si mesmo ou a
outras pessoas.
Podem ocorrer pensamentos que a pessoa sabe que não fazem
sentido, mas não consegue tirar da cabeça, por exemplo se atirar de uma janela,
machucar alguém ou ela mesma com uma faca. Tecnicamente falando, pensamentos
obsessivos, fazem do quadro clínico e desaparecem com o tratamento do pânico.
Um medo muito comum é o de "voltar a sentir medo".
Muitas vezes o simples pensamento de entrar num avião ou passar ao lado de um
abismo já desencadeiam a crise. Algumas pessoas vão a um cinema, teatro ou
restaurante e procuram sentar-se perto da saída, outras não trancam a porta
quando vão ao banheiro, sempre para sair facilmente caso venham a passar mal.
É comum a pessoa ter passado por cardiologistas, clínicos,
hospitais, laboratórios, etc., com todos os exames normais, a não ser, com
certa freqüência, um Prolapso de Válvula Mitral, que os cardiologistas não
consideram patológico.
Muitas vezes as primeiras crises aparecem subitamente em
situações normais e habituais.
É claro que a maioria das pessoas não tem todos os sintomas
acima.
Uma forma mais específica da Síndrome do Pânico ou
Transtorno do Pânico se chama Fobia Social e se caracteriza por crises de
ansiedade em situações como por exemplo reuniões, apresentações, discussões com
superiores, assinar algum documento, cheques ou mesmo levantar uma xícara de
café em público.
Algumas vezes os sintomas aparecem após uma experiência
traumática na qual a pessoa se sentiu indefesa ou humilhada ou sem
possibilidade de reação, por exemplo assalto, seqüestro, acidentes. Essa forma
mais específica de distúrbio de ansiedade se chama Distúrbio de Stress Pós
Traumático.
2) Desenvolvimento de fobias:
Após ter tido muitas crises, a pessoa pode não sentir mais
os sintomas físicos mas continua com medos que ela mesmo percebe que não são
lógicos, como por exemplo de dirigir (principalmente em congestionamentos,
túneis ou estradas), de pegar ônibus, metrô, avião, de participar de reuniões,
de viajar, de ficar sozinha ou de sair sozinha de casa, ou de escuridão, de
ficar em lugares com muita gente como Shopping, cinema, restaurantes, filas,
elevadores, ou então de lugares muito abertos e vazios. Às vezes aparece até
mesmo medo de dormir, quando a pessoa teve crises noturnas, ou de se alimentar,
quando teve sensações de engasgar.
3) Causas:
Psicológicas (são as mais comuns): reação a um Stress ou a
uma situação difícil cuja solução é igualmente difícil. Essa situação difícil
pode ser profissional, afetiva, financeira, de saúde, etc.
Físicas: alterações no organismo provocadas, por medicamentos,
doenças físicas, por abuso de álcool em drogas.
Genética familiar de Pânico, Depressão, DOC, TAG, PTSD, DDA, etc. Atenção: predisposição genética não
quer dizer hereditariedade. Ou seja, Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico
não passa de pai para filho, não se preocupe.
O mais comum é uma combinação de várias causas.
Sofrer de Pânico não tem nada a ver com personalidade forte
ou fraca, com a pessoa ser ou não corajosa.
4) O tratamento da Síndrome do Pânico ou Transtorno do
Pânico consiste basicamente em duas etapas:
Acabar com os sintomas físicos, os quais costumam passar
rapidamente com a ajuda de certos medicamentos. Nessa fase inicial onde o
objetivo é acabar com os sintomas físicos (e que realmente acabam muito rápido,
às vezes em questão de horas), a Psicoterapia sozinha ajuda muito pouco.
Acabar as fobias. Nesta fase o tratamento mais eficaz é uma
combinação de medicação com Psicoterapia (que aliás nem sempre é necessária),
principalmente a Psicoterapia Breve Focal, que consiste em poucas sessões para
ajudar o paciente a mudar de atitudes, sair de situações difíceis e
principalmente ver os problemas com mais objetividade, ficando portanto mais
fáceis de serem resolvidos.
Ao mesmo tempo, seu médico irá pesquisar alguma doença
física que possa estar provocando, desencadeando ou prolongando a Síndrome e se
for o caso tratar ou encaminhar para algum Colega fazê-lo.
5) Para a família:
Geralmente a família sofre porque não consegue ajudar e
sobrecarrega o paciente porque vê a pessoa passar por cardiologistas, clínicos,
neurologistas, gastroenterologistas, otorrinolaringologistas, etc., fazer
exames, tomar calmantes, estimulantes e vitaminas sem melhora. Então começa a
dizer que é fita, "frescura", falta de força de vontade, de coragem, e
começa a dar palpites para você "se ajudar" "se animar"
"reagir" e etc., como se você não soubesse de tudo isso.
Concluindo:
Existem alguns casos em que o primeiro remédio não produz
resultado. Isso não quer dizer caso grave e nem incurável. Na maioria das vezes
basta trocar a medicação.
Mesmo que você já esteja se sentindo bem, não interrompa a
medicação. Interromper a medicação antes da hora significa quase sempre uma
recaída.
A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico é benigna e
curável, quase todos os sintomas desaparecem nas primeira horas de tratamento,
porem ela é muito "teimosa" e o tratamento de manutenção é longo.
Evidentemente que sem sintomas, mas com a manutenção da medicação.
A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico pode reaparecer
sim, mesmo que os problemas tenham acabado.
Durante o Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico a
pessoa pode passar por fases de depressão. Isso não quer dizer que você sofra
de duas doenças.
Algumas pessoas com Síndrome do Pânico ou Transtorno do
Pânico tem receio de fazer ginástica. Pelo contrário, um bom condicionamento
físico é sempre importante, ainda mais para quem está sujeito a ter crises de
taquicardia. Além disso, ginástica libera Endorfinas, que são nossos
Antidepressivos naturais e aumentam nosso bem estar.
Yoga, meditação, massagem de relaxamento: sempre ajudam e
muito, principalmente as duas primeiras.
Diminuir álcool e cafeína (café, chá preto, chá mate,
refrigerantes) sempre ajuda.
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