Quem fez se safa, quem não fez, paga - Múcio Morais

Quem nunca escutou coisas como: já passei por isso, conheço essa história, nessa eu não caio de novo, conheço gente assim, sou escolado... Estes escudos emocionais aparecem ao sinal de algo parecido com uma experiência ruim no passado, temos dificuldades para administrar e separar as situações, e, se torna mais cômodo analisar novas experiências com base nas velhas. Isso geralmente é uma grande armadilha que nos aprisiona e impede que cresçamos.

Outra parte do problema com este comportamento é que geralmente cobramos ou imputamos “culpa” a quem não nos deve nada.

Há poucos dias uma amiga contou-me que conheceu um rapaz muito interessante, ela é solteira e está em busca de um namorado, pois bem, ela contou-me que por dias estava indo bem a relação, até que começou a perceber traços de um velho relacionamento fracassado, foi o suficiente para acionar todos os seus alarmes internos e terminar com o rapaz, ela disse-me: Não vou passar por tudo aquilo de novo!

Aprofundando um pouco mais no assunto descobri que o rapaz simplesmente citou uma frase também usada pelo relacionamento anterior, somente isso, e, ela sentiu-se ameaçada e em perigo de repetir a experiência negativa. Privou-se de uma nova possibilidade em razão de um “falso alarme” ou no mínimo uma “exagerada interpretação dos fatos”.  QUEM DEVIA SE SAFOU E O POBRE RAPAZ ACABOU PAGANDO A DÍVIDA DE OUTRO, DO PASSADO.

Esta é uma das maneiras inadequadas de se lidar com as experiências vividas, o equilíbrio nesta questão está em aprender com o  passado, não em transformá-lo em cones fixos de sua estrada, o aprendizado saudável é acompanhado de maturidade e capacidade de avaliar com sobriedade os fatos, a experiência que nos trás crescimento é demonstrada nas crises, nas curvas sinuosas e nas tempestades, pisar nos freios nessa hora é fatal e é isso que estes arquivos semiabertos fazem quando não temos maturidade para lidar com o passado.

Alguém disse certa vez: QUEM VISITA COM FREQUENCIA O PASSADO, AZEDA O PRESENTE! Especialmente se estas visitas representarem munição para transformar possibilidades em conspiração. Acredite, as pessoas não estão ocupadas em destruir você. Mas se mantiver este comportamento, você será seu próprio destruidor.

Leveza, maturidade, sensibilidade, assertividade, inteligência emocional são fatores que farão este estado de coisas se  modificar, fará com que as experiências não sejam transformadas em “dívidas” para outros e trará paz em suas decisões.

Aprender a virar as páginas da vida e não copiar matéria velha em folhas novas vai te provocar sensações de liberdade, devolver o controle de sua própria vida, tirar o peso de ter que acertar sempre, de não cometer erros repetidos, existe um ditado que diz: ERRAR É HUMANO, REPETIR O ERRO É BURRICE, será mesmo? Eu diria: ERRAR É HUMANO, REPETIR O ERRO TAMBÉM É! Não quero te incentivar a errar e repetir seus erros, mas quero te trazer uma verdade libertadora, se não errar é bom, se errar, conviva da maneira certa com esta experiência ao invés de provocar sua destruição e a de outros.

Tenha uma vida Feliz!

Múcio  Morais

PALESTRAS E WORKSHOPS MOTIVACIONAIS E COMPORTAMENTAIS

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