Brasil é o país com maior prevalência de ansiedade no mundo: 9,3%. A depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (23) referentes a 2015. Em 10 anos, de 2005 a 2015, esse número cresceu 18,4%. A prevalência do transtorno na população mundial é de 4,4%.
Já no Brasil, 5,8% da população sofre com esse problema, que
afeta um total de 11,5 milhões de brasileiros. Segundo os dados da OMS, o
Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina e o
segundo com maior prevalência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados
Unidos, que têm 5,9% de depressivos.
O país com menor prevalência de depressão nas Américas é a
Guatemala, onde 3,7% da população tem o transtorno. Já o país com menor
prevalência de depressão no mundo, segundo o relatório, são as Ilhas Salomão, na Oceania, onde a depressão atinge 2,9% da
população. Além dos Estados Unidos,
os países que têm prevalência de depressão maior do que o Brasil são Austrália
(5,9%), Estônia (5,9%) e Ucrânia (6,3%).
O que estas informações nos dizem? No mínimo que você que
está depressivo precisa se mudar para as
“Ilhas Salomão”, isso mesmo, parece maluco este conselho, mas não é.
Vivemos em um ritmo extremo, uma velocidade que nos coloca à frente até de
nossos problemas, somos bombardeados com provocações sobre planejamento e metas
para o futuro, a ponto de nem mesmo aproveitarmos o presente, que não se chama
presente por acaso, afinal é o único e real tempo que nos pertence “O Presente”,
fora isso, é uma verdadeira viagem no mundo do “pode ser que... e do faz de
conta que...” e como gostamos desse mundo previsto, muito mais que do
realizado.
Nas Ilhas Salomão, a vida é simples na maior parte das
ilhas, sem internet, sem celular, apenas cuidando da lavoura, da casa, dos
filhos, quase 100% da população é alfabetizada, as pessoas são alegres, calmas
e receptivas, gostam de visitantes e recebem bem, os homens geralmente cuidam
do sustento da casa na roça e as mulheres se dedicam aos afazeres domésticos,
mas também se unem em comunidade para projetos que beneficiem a todos, algumas
comunidades até fabricam o próprio dinheiro, a vida é calma embora cheia de
obrigações e tarefas, as pessoas se envolvem e passam a maior parte do tempo
juntas.
Olhando para nossa vida, especialmente urbana, temos um dia
a dia parecido no que diz respeito a tarefas e afazeres, sustento da família
etc; Mas, a forma como isso nos é imposto é agressiva, desigual e até doentia,
confundimos o que fazemos com o que somos, o status tem tanta importância que a
educação é voltada para sua conquista, e, desde cedo plantamos o sonho do “poderoso
você” em nosso filhos. A Comunicação é farta inclusive de inutilidades, que
ocupa a meu ver quase 100% da falácia voltada para o ibope, em segundos abrimos
nosso celular e ficamos sabendo tudo, inclusive como ser infeliz, como
desacreditar das pessoas e como a vida está cada vez mais complicada e difícil.
As “Ilhas Salomão” servem de alerta para nosso modo de
viver, sei que não vamos colocar nossas tangas e enfeites, sair por caí
cantando e tocando vacas, mas podemos mudar nossa maneira de lidar com os dias,
com a vida, isso podemos.
Uma Ilha implica em estar cercado por agua, e uma vida
saudável implica em estar cercado por pessoas, atividades familiares, projetos
para o presente e o futuro que estão sendo executados, crenças e valores
praticados, compaixão com o próximo exercida, perdão, superação das mágoas e
decisões que saiam do pontapé inicial, vide https://muciomorais.blogspot.com/2020/11/o-pontape-inicial-e-simbolico-mucio.html
;
Obviamente não existe um programa contra a depressão nas
Ilhas Salomão ou outros paraísos do mundo, mas certamente o modo de vida que levam
faz toda a diferença, são as pessoas e seus costumes que fazem os Paraísos, as
praias e natureza ajudam, mas não são os componentes principais, as pessoas
são. Alguns lugares como em Cancun,
balneário turístico mexicano, trava-se uma guerra pelo mercado de drogas, violência
também chegou a San Miguel de Allende, 'a melhor cidade do mundo' para se
visitar, segundo a revista Travel+Leisure, violência e criminalidade, podemos
falar do Rio de Janeiro, lugar maravilhoso mas que tem sido renegado por
turistas do mundo inteiro com medo da violência, então afirmo que o
Paraíso está dentro de nós, a busca da paz, da felicidade, da tranquilidade e
junto com isso a vitória diária sobre a depressão, está em nós mesmos, cada
dia.
A perspectiva de um enfrentamento diário nos tira da visão a "perder de vista" quanto a uma solução para a depressão, melhor considerar-se em "estado depressivo" e diariamente fazer o combate necessário, que não será o mesmo todos os dias, hoje meu desafio é sair ou minimizar o "estado depressivo" em que me encontro, então tomarei as decisões e ações necessárias para hoje, ao final do dia quero sentir-me um vencedor, e serei.
Sucesso!
Múcio Morais
Palestrante Motivacional / www.muciomorais.com / contato@muciomorais.com