Eu Fracassei e agora? Múcio Morais

Vivemos num mundo cruel.  Não se admite fracasso.  Não se admite erro ou incompetência. O Espírito de competição está disseminado, uma verdadeira epidemia de super homens e super mulheres. O modelo “Roberto Justos” de lidar com o erro e a incompetência é o que há!

Nos filmes, nos realities shows, nas novelas, nos seriados e até nos programas de humor o fracasso é tratado como uma sentença final. Um Rótulo é fixado ao fracassado de forma que ele não possa mais ressuscitar e interferir em nossa sociedade perfeita.

Quer um exemplo? Você votaria novamente em José Dirceu? Porque? Ele fracassou. Única e última chance. (Não sou político e não defendo qualquer forma de corrupção, pelo contrário). Outro exemplo? No futebol, uma ou duas partidas ruins e tome pau, a torcida inteira estará vaiando e xingando o pobre do jogador ou o técnico, pedindo a cabeça de um deles. Outro exemplo? Rubens Barrichello, Depois da morte de Ayrton Senna foi tido como a salvação da lavoura, não deu, resultado? É até hoje tido como um perdedor. Você deve conhecer algum ditado ou musiquinha sobre chegar em último cujo personagem principal seja o Rubinho. Outro exemplo? O que você acha do Collor ser presidente de novo? O que você acha da Lada voltar para o Brasil? (Lembra daquele carrinho Russo?), O que você acha do Parreira dirigir de novo a Seleção na próxima Copa? É, acho que exagerei um pouquinho né?

Mas a questão é, não sabemos lidar com os fracassos. Nem os nossos nem os dos outros. Vivemos numa sociedade que exalta o perfeito, o vencedor, o mais forte, o bonito, o invencível, o superior, o competitivo;

Fracasso no casamento, no trabalho, nas relações, nos projetos pessoais, afeta todos nós. Ainda que por uma exigência social você se sinta na obrigação de manter as aparências, ser intocável. 

Fracasso dói, em você, nos amigos, parentes, colegas, Fracasso sempre dói.  Sempre vai doer muito. E dor faz parte dos mecanismos de crescimento de nós, simples mortais. A dor pode ser o alarme que precisa soar para olharmos pra dentro de nós ou ao nosso redor e perceber onde precisamos melhorar. Mas, fracasso, falhas, erros, pisar na bola é parte do viver, da realidade, do sai a dia de todos nós.

“Só não falha quem não vive.”


Por mais maduro que sejamos, nós fracassamos numa área ou outra. Tenho pena da geração de “vencedores” que estão sempre dizendo: Jamais fracassarei. Pobres miseráveis que andam pelas vias dos Gurus de ocasião. 

E o que dizer daqueles que erram feio? Dos que trocaram a família por uma aventura. Dos que se entregaram a dependência do álcool ou das drogas. Daqueles que agrediram, bateram, mataram. Daqueles que mentiram, traíram, tiraram. Daqueles que tem uma história de maldade, de preconceitos, de pedantismo...

Aonde estas pessoas começam a buscar respostas para encontrar significado e alegria na vida?

O crucial não é o cair, o fracassar, mas como reagir, como recomeçar, como voltar.

Nossa tendência é ser esmagado pela :

  • culpa
  • remorso
  • acusação
  • auto piedade

Não Racionalize, não explique. A mudança, o recomeço sempre será necessário a todos nós. TODOS SEM EXCEÇÃO!

Explicar o fracasso só nos ajuda e nos mantermos nele! Admita, você não é perfeito. Você é falho. Você está crescendo como ser humano.

Passos para se recuperar do fracasso

1.     Admitir o fracasso
2. Buscar ajuda em alguém de confiança
3. Aceitar o perdão, perdoar-se
4. Estar ciente de que as consequências poderão vir e ter coragem e humildade para enfrentá-las
5. Restituir, pedir perdão, desculpar-se o mais rápido possível e quantas vezes precisar;

Tranquilizar sua consciência e reencontrar-se com a Paz!


Um abraço a todos!


Múcio Morais

Consultor e Conferencista

Palestras Motivacionais voltadas para todas as necessidades humanas

www.muciomorais.com

(31) 99389-7951

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