Fico pensando, como seria viver em uma sociedade menos fútil, onde se identificasse a vulgaridade e mediocridade dos comportamentos e houvesse um esforço honesto para mudança, onde as pessoas pensassem no bem estar do outro, com valores mais espiritualizados, não religiosos, porque a religião em nossa chamada Pátria, só tem a base do que enganosamente se chama “fé” e que no pensamento coletivo se transforma fajutamente no princípio “o importante é acreditar.”
Isso contrariando a base de sua
própria crença, no caso do esfacelado Cristianismo, quando São Tiago escreveu uma
regra de ouro. Ele disse que a fé sem obras é morta (São Tiago 2: 26).
E o que é a fé sem obras?
Fé ("pistis" do grego e
"fides" do latim), além de significar crer, quer dizer fiel, ter
fidelidade. E a própria fé inabalável pode significar também fidelidade, pois
quem crê mesmo em Deus e no seu enviado Jesus Nazareno é fiel a Eles e aos seus
princípios. E princípios sem prática não
significam nada.
Assim, quando na Bíblia Sagrada
se diz que quem tem fé ou crê em Jesus, se salva, é mais certa a tradução: Quem
tem fidelidade, (e a fidelidade se reflete na prática dos princípios e valores
conforme ensinou São Tiago), para com Jesus, se salva, pois crer nele simplesmente,
de forma religiosa, até os demônios creem, e, às vezes, até creem mais do que
nós, os chamados seguidores, Católicos, Evangélicos, Protestantes, Espíritas,
Livres Pensadores, Espiritualistas, pois
é dito também por São Tiago: “Crês tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os
demônios creem e tremem. (São Tiago 2:19) O Que não é o caso da crença vista e
exposta escandalosamente em nossa vulgar e pobre espiritualidade, onde sequer
se treme.
Ao meditar sobre uma sociedade espiritualizada e consciente, com práticas
reais movidas por uma fé verdadeira e viva, seja em que processo religioso for,
penso em como esta característica pode manter os indivíduos na simples prática
do bem, tendo esta prática ampliada à medida do crescimento do próprio
indivíduo, que sociedade teríamos! Uauuuuuu!
Na base da espiritualidade
concentram-se as mais diversas formas de crer, os mais variados modelos de
comunicação entre mundos, nenhuma forma de ver o espiritual pode ser perfeita
considerando especialmente nossos pactos interiores e exteriores com
interesses, desejos, motivos, causas, etc. Mas seja qualquer forma de crença, se
a fé for verdadeira, honesta e sair do campo teórico, ela é capaz de conduzir
os seus praticantes na prática do bem e no caminho de busca do Deus todo
poderoso. E, certamente todo esforço humano dirigido a este propósito, com
intensidade, será compensado pelo próprio Deus, disso eu não duvido.
Segundo São Tomás de Aquino, a fé
não pode violentar a razão, e obviamente
quando isso acontece, a fé se torna não confiável, imagine este contrassenso,
uma fé não confiável, logo deixará se ser fé e se transformará em “fã” natismo,
alimentado por um sistema de crenças absolutas e irracionais que visa servir a
um ser poderoso, “Fã” é um encurtamento
de “fanático”, que veio do Latim fanaticus, “louco, entusiasta, inspirado por
algum deus”.
Por incrível que pareça, as
diversas formas em que se apresenta o cristianismo de hoje, mostra desde a fé
meramente nominal, o hipócrita, ignorância espiritual, futilidade e irreverencia,
até os desinformados, indiferentes, fanáticos e aproveitadores, principalmente
nas chamadas “Igrejas e Ministérios” surgidos nas últimas décadas. A crença em
ensinamentos misteriosos, sem base escritural, teses obscuras, confusas e
claramente manipuladoras. Que não resistiriam a poucos minutos de uma exegese
séria. Esta é uma fé sem obras e sem eco algum positivo na sociedade.
A fé indiferente e nominal já é
tradição no ocidente, a fé de clichês, jargões, cercada de muita cerveja, ritmos
com letras seculares e de pura sacanagem, subjetividade e cinismo. Esse tipo de
fé é mesmo que não ter religião, crença ou qualquer base sólida de
espiritualidade. E por assistirem este modelo muitos cristãos e espiritualistas
mal formados estão engrossando a multidão de gente sem religião e ligados ao
materialismo como resposta.
Quando perdemos a consciência do
que nossa incoerência espiritual pode causar aos outros, podemos nos considerar
mortos. (Múcio Morais)
Quanto mais longe de Deus um ser
humano decidir andar, quer por aversão ao espiritual, quer por puro instinto de
pasto, sua deterioração será a coisa mais evidente que terá para mostrar!
(Múcio Morais)
Quando os princípios e crenças de
um homem se tornam relativos, o que ele tem é no máximo um pagina rasgada de
poesias em uma gaveta abandonada de sua alma, vez ou outra ele a encontra e
solta uma bela frase, nada além disso. (Múcio Morais)
Uma sociedade materialista e dada
às vontades e prazeres só pode esperar a decadência! (Múcio Morais)
É triste ver um religioso
indiferente dizer feliz natal! (Múcio Morais)
Um dos grandes reflexos da crise
de fé em que passa o mundo são as Igrejas vazias e os bares cheios! (Múcio
Morais)
O Vírus da preguiça espiritual é
pior do que qualquer pandemia, ele contamina gerações e as impõem a árdua
tarefa de achar a felicidade sem Deus. (Múcio Morais)
Quando o elo entre a fé e a
prática se quebram o que resta é a hipocrisia. (Múcio Morais)
Um homem pode mudar para sempre
seu destino com um simples olhar diário para o divino! (Múcio Morais)
Uma religião que se declara “a verdadeira”
assim ela é! Uma verdadeira lição de arrogância! (Múcio Morais)
Não subestime minha inteligência
tentando convencer-me de que tudo existe como resultado de uma explosão. (Múcio
Morais)
Tentar ser hoje uma versão melhor
do você foi ontem é uma das missões básicas desta vida! (Múcio Morais)
Quer brincar de fé, de religião, de
Deus? Saiba que de Deus não se zomba! Até que tenhamos algo chamado “reverência”
melhor tirá-lo até do nosso vocabulário. (Múcio Morais)
Desejo crescimento a todos!
Múcio Morais
PALESTRAS E WORKSHOPS PARA EVENTOS ECUMENICOS, CONGRESSOS DE DISCUSSÃO DA ESPIRITUALIDADE, SEMINÁRIOS E OUTROS.