Percebi claramente a facilidade que muitos tiveram ao falar sobre alguns dos que fizeram sua passagem, elogios, gratidão, reconhecimento, lembranças de momentos especiais, ações em favor dos outros, atos de nobreza, sensibilidade com o sofrimento alheio, personalidades ímpares, enfim, muitos dos que se foram tiveram vidas significativas, fizeram grande diferença na vida de muitos, partiram deixando um dever cumprido, missão executada, passagem bem feita pelo mundo da matéria, mas...
Foi igualmente notória a dificuldade para se falar sobre outros que também fizeram sua passagem, pessoas evitando falar, constrangidas, na imprensa uma breve nota e em alguns casos nem mesmo isso, um jovem vítima de acidente fatal e os amigos em depoimento não passavam de dizer que "ele foi um cara legal" nada além disso foi dito, apenas um cara legal.
Daí me veio esta reflexão, que honestamente, me acompanha no meu dia a dia, "QUAL A MINHA OBRA?" O que tenho feito que afeta a vida das pessoas? Quanta sensibilidade e ações em favor da vida dos que sofrem? Eu me importo? Em que direção eu caminho quando percebo que estou em perigo de "ser necessário", sinto-me capaz de consolar alguém? Sou um ser em crescimento? Minha maturidade influencia positivamente minhas relações pessoais? Faço algo para mover a justiça? Me manifesto em favor do que é justo? Sei perdoar? Como é minha procura pelo desconhecido, pelo espiritual, por Deus? Quem sentiria minha falta?
Enfim, fiz perguntas desafiadoras a mim mesmo, e, acredito que estas são perguntas poderosas para balançar vidas e fazer cair as folhas secas e frutos estragados. Perguntas que nos situam em nosso momento de estrada, perguntas que exigem uma resposta se de fato entendemos minimamente o sentido da existência humana.
Pense sobre isso, aplique à sua vida e sinceramente espero ESTAR COM ESTA PALESTRA "QUAL É A SUA OBRA?" TRAZENDO MUITA INSPIRAÇÃO E SIGNIFICADO PARA AS PESSOAS, ESPERO PODER COMPARTILHAR COM SUA EQUIPE EM BREVE.
Múcio Morais