A educação é um setor ultra sensível, nossos clientes são
permanentes e frequentes. Não temos muito tempo para recuperar ações mal
feitas, as consequências refletem rapidamente na qualidade da sociedade que educamos,
por isso todo planejamento precisa ser minucioso, cuidadoso e tecnicamente
preparado, não há espaço para amadorismo e nem para “representatividade igualitária”
na discussão de metodologias, processos e modelo de gestão, querer abrir este
espaço sem um planejamento é o mesmo que convidar a sociedade a opinar sobre técnicas
cirúrgicas, equipamentos de diagnóstico e metodologias terapêuticas.
Conversar e levantar necessidades, sim, escutar ideias e
sugestões sempre é bem-vindo, mas são técnicos que devem se debruçar sobre estas
questões, discutir temas, organização e métodos, e, apresentar a sociedade os
caminhos para se enfrentar as demandas apresentadas, sim, aquelas que forem da
alçada da educação.
Quanto aos políticos, no caso da educação municipal? Devem
ser instruídos sobre sua atuação, nestes últimos 30 anos nunca encontrei um
vereador na escola, somente duas vezes fui convidado por uma Câmara de
Vereadores para discutir e apresentar soluções para a educação, nem mesmo para
explicar ou defender um projeto de lei de minha autoria em favor da educação de
um determinado município, será que os nossos vereadores entendem seu papel na
educação?
Fiscalizar a aplicação dos
recursos, a alimentação e o transporte escolar; a formação de docentes, as condições
de ingresso, a progressão e o piso salarial das carreiras; a qualidade da
educação oferecida e o direito de acesso universal à escola, entre outras
atividades.
Quando abrimos a porta para que pessoas não preparadas
tecnicamente interfiram no planejamento, acabamos dando espaço para que
questões não vinculadas à secretaria de educação sejam levantadas, portanto, se
você está organizando uma futura secretaria, faça-o com cuidado, seja prudente
e não trate a questão como se um bom planejamento tenha que ser “construído por
todos”, filosoficamente bonito, mas, na prática, um desastre.
O que a Secretaria de Educação, não é?
Em minhas andanças vi alguns Titanics da educação afundando,
não caia nesses enganos. Obviamente algumas dessas questões poderão ter espaço,
desde que não interfira no processo educacional, secretaria de educação, cuida
de educação, simples assim.
7 "COISAS" QUE A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO NÃO É OU NÃO DEVERIA SER:
1. Abrigo político para fortalecer parcerias e apoios;
2. Ação entre amigos;
3. Sindicato, fórum de discussões constantes para questões trabalhistas;
4. Associação, defensora dos interesses da sociedade escolar;
5. Reduto de ativistas;
6. Casa da mãe joana, onde todos mandam;
7. Um órgão sem autonomia com forte dependência política em suas decisões;
A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO É:
1. Em articulação com os sistemas de ensino e participação da sociedade, planeja, orienta e coordena a implementação das políticas de educação por meio da cooperação didático-pedagógica, tecnológica, técnica e financeira, respondendo pelos resultados obtidos nesse processo. Faz uma gestão participativa integrando diretores e demais lideranças escolares no processo educativo. Liderança no sentido de manter o foco das ações que devem ser realizadas. Mobiliza os recursos humanos e financeiros necessários para assim garantir que as escolas obtenham os resultados esperados.
Simples assim,
Então, é preciso ter os cuidados necessários para organizar uma secretaria que de fato vai funcionar com suas engrenagens em perfeito estado, nesse processo cuide para não educar erradamente a sociedade na maneira de tratar a secretaria. Abra demais as portas agora, e, futuramente, terá uma multidão querendo entrar, dê espaços inadequados agora e terá um grupo de críticos à sua porta, a sociedade precisa encarar a educação como algo sério, complexo e confiar em seus técnicos. Não destrua a mística da educação, precisamos dela.
Entendeu? Este artigo trata de processos políticos, comportamentais e sociológicos para implementar de maneira saudável e sem maiores problemas a gestão da educação em um município.
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