Mas que chance é esta de refazer o mal feito que temos feito, o mais ou menos, o jeitinho, a gambiarra, o descuido, o desleixo, a conformação, o ignorar, o fazer-se de desinteressado ou desinformado por escolha, o olhar para o próprio umbigo, os clichês frutos da preguiça mental e emocional, as desculpas com culpas porque sem culpa não há desculpas, o choro forçado, a dor não sentida, as convenções que dizem quem não somos mas deveríamos ser, os acordos desequilibrados, as palavras enganosas, a visão
ácida, as palavras cruéis, o sentimento profundo de superioridade, a ancoragem na riqueza, a habilidade para manter-se no alto da torre, os jargões que justificam, as causas de aparência, o costume de se mostrar bom, a ausência do conhecer-se, o ignorar do pouco sabido de si mesmo, as explicações que emburrecem, a burrice com anéis de ouro, a ignorância em forma de alegria, o mau gosto como ritmo de prazer, a embriagues como pano de fundo, a prostituição travestida de liberdade, a ignorância como modo de vida, a dependência como fato consumado, a irresponsabilidade sem amparo, os Cristos pagando pelos pecadores...Estamos aguardando para que tudo volte ao normal,
sinceramente, o anormal me mostrou o quanto o ambiente de mundo em que vivemos
é ruim, mal cheiroso, podre, sem chance de ser recuperado, exceto por uma
grande catástrofe que faça com que o ser humano pare completamente e faça o que
já não faz há anos, PENSAR...
Abraços e meditem!
Múcio Morais