Primeiro, antes de aprofundar um
pouco mais, quero dizer que não conheço, porque imagino que não exista, nenhum
ser humano que tenha “A Resposta Completa e Absoluta” sobre esta questão, penso
que quanto mais perto da resposta, que também acredito não ser única, mais
felizes, saudáveis em todos os aspectos, plenos em nossa existência, seremos
todos.
Com a óbvia insatisfação vivida
pela maioria das pessoas, nestes dias disfarçadas nas redes sociais e no dia a
dia com frases de efeito, clichês, e, afirmações poderosas sem, no entanto
realizar a fixação cerebral e emocional que se deve seguir nos mantras, as
pessoas pararam, a meu ver, de buscar significado embora seja esta a tônica da existência
humana, perguntei há alguns dias, a uma plateia de 400 pessoas: QUAL É O MAIOR
OBJETIVO DE SUA VIDA? E QUAL É A MAIOR REALIZAÇÃO QUE PRETENDE TER? Eu disse que escolheria 10 pessoas para responder
em público, se concordassem.
Duas perguntas que deveriam ser
muito óbvias, dei ao público 20 segundos para, honestamente, trazer à memória
naquele momento as respostas. Sabe o que aconteceu? Após os 20 segundos, pedi
que se manifestassem levantando as mãos, quem já tinha a resposta, e acredite,
somente 17 pessoas levantaram as mãos
prontamente, chamei 10 destas pessoas e a metade tinha apenas clichês
religiosos ou filosóficos, frases de facebook, e, somente 5 pessoas tinham uma visão bem
fundamentada, algo concreto, estruturado emocionalmente, com resultados na
vida destas pessoas.
Pude perceber claramente que se
tratava das cinco pessoas mais equilibradas, leves e agradáveis naquele
congresso, eram muito destacados dos demais em espiritualidade (não falo aqui
de religião), em consciência plena, estavam muito acima, mas muito mesmo dos
demais.
Havia neles uma energia muito
boa, eles não andavam, flutuavam, eram sensíveis e tinham um equilíbrio
invejável vindo de uma paz interior aparentemente inabalável, pessoas assim são
quase imunes à criticas, invejas, ciúmes, maledicência, mágoas, rancores,
enfim, parece que entendem seu próprio significado e propósito de maneira
profunda, produz uma espécie de escudo e uma segurança emocional incrível. Uma absoluta falta de necessidade de causar sofrimento mesmo nos
aparentes inimigos ou concorrentes. Parecem acima da causa efeito. Pessoas com este nível de segurança correm
na pista como se estivessem correndo sozinhos. Quando chegar, chegou!
Mas aí vem uma questão: COMO
PODEMOS ALCANSAR ESTE ESTADO DE AUTOCONCIÊNCIA? DE PERCEPÇÃO DOS SIGNIFICADOS
QUE SOU E CARREGO? Sim, pois você se torna o que significa.
Como disse no início, o sentido
ou significado da vida é um questionamento filosófico que coloca em perspectiva
o propósito e significado da existência humana, a sua e a minha existência,
gosto de trazer para o presente estas questões.
Há uma possibilidade vasta de
respostas possíveis para "o sentido da vida", frequentemente
relacionadas ou com a religião ou com a filosofia. Visões e crenças sobre o
sentido da vida e nosso significado podem se distinguir de pessoa para pessoa,
bem como também pode variar no decorrer da vida de cada humano. Os significados
podem mudar, de forma geral, não existe consenso sobre tal, e se existisse acabaria
a individualidade, a personalidade, e juntamente com este fim, acabaria o
pensamento crítico, e nossa criatividade seria exaurida. Que o digam os regimes totalitários, as filosofias esquerdistas ou direitistas radicais, as filosofias de domínio e perda da personalidade e sensibilidade, como foi o Nazismo, as Seitas em todas as linhas e origens, enfim.
P. Tiedemann disse que este questionamento demarca a
"interpretação do relacionamento entre o humano e seu incrível
mundo".
Nietzsche referia-se ao homem psicologicamente forte. Ele clamava
que o ser humano deveria enfrentar a vida de frente, sem muletas metafísicas,
como a religião. Para ele, o homem que não pratica o mal com medo do fogo do
inferno, vale zero. Devemos encarar a vida como ela é.
Sócrates disse que o sentido da vida consistia em alcançar a
verdadeira felicidade. ... Porém, não defende uma vida recheada de luxos e
excessos, mas uma vida em conformidade com a natureza e com os outros. Para
este filósofo não existia morte pois quando ela existe, ele é que não existe
mais.
Aristóteles defendia a ideia em sua obra Ética a Nicômaco, propondo
que a finalidade da vida humana é a felicidade, ou seja, é próprio da natureza
humana buscar a vida boa e feliz. A felicidade consiste em uma atividade da
alma conforme a virtude. É o bem supremo, que tem um fim em si mesmo, sendo
almejado por todos. O que constitui a felicidade são as ações virtuosas, e as
atividades viciosas conduzem o contrário.
Roger Scruton, filósofo Inglês reflete sobre o sentido da vida “Somos
criaturas ávidas por sentido. Sem sentido é quase impossível aceitar viver.
Buscamos significados até onde ninguém os implantou, como nas flores”,
refletiu. escreveu A alma do mundo e A natureza humana, onde diz que o sentido
da vida não é o significado que cada um atribui a ela. “É o significado que os
outros lhe conferem, através do reconhecimento da minha vontade, da compaixão
pelo meu sofrimento e do perdão pelos meus defeitos.”
A redenção, na análise de Scruton, é uma solução para as falhas
do passado. Ele questionou por que as pessoas agem, sentem e reagem de certa
forma. Segundo o filósofo, a redenção não vem do ego, vem do outro.
“Reconhecemos, em nosso ser, que não estamos sozinhos. Que o que importa para
nós, a nossa salvação, é o amor, a compaixão e o perdão que os outros nos
concedem.” E foi além: “Mais promissor é
buscar o sentido da vida não nos acontecimentos que a compõem, mas na visão que
a redime”. Acrescentou que o fundamental para uma vida de relações pessoais
é o sacrifício. “O pensamento de que os outros poderiam se sacrificar por mim é
um pensamento que muda o mundo”, vaticinou.
Para o filósofo austríaco, Ludwig Wittgenstein, “o sentido da vida” expressa aspecto que transcende os fatos do mundo. Neste caso, o pensador utiliza-se do termo transcendental. Em breves palavras, o significado de transcendental, decorrente do pensamento do autor, em especial na sua primeira fase, não estabelece conexão com o significado mais utilizado do respectivo termo. Nossa hipótese baseia-se nas afirmações, de que o filósofo trata tão e somente do limite do mundo e não o que há para além dele.
Assim, a experiência
mística é uma dimensão do limite do mundo, uma espécie de semi-imanência. É
nessa dimensão que a expressão “sentido da vida” ganha seu aspecto ético. Ou
seja, o sentido da vida, não está no mundo, mas em seu limite e para vislumbrar
fragmentos deste sentido que na terminologia do autor se mostra, somente
através de uma experiência mística.
Trouxe aqui parte da teoria do
Significado da vida de seis grandes filósofos, da antiguidade e atualidade, perceba
que se divergem, é pouco, há mais convergência entre eles, o sentido da vida
voltado para nossa busca, identificamos
o sentido por aquilo que nos motiva, nos faz sentir felizes, nos traz um senso
de realização e contentamento, ao mesmo tempo, aumentando nossa consciência e
caminhando pelos limites do mundo encontramos propósito em integrar uma força
de bondade e virtude, segundo Aristóteles não há contentamento nem sentido na
feitura do mal ou na escravidão do pensamento e desejos, somos também chamados a ter as virtudes e
melhores sentimentos dirigidos a nós como uma dádiva da vida, e, perceber os
limites deste mundo colocando-nos em uma experiência mística, espiritual,
(novamente não estamos falando de religião, propriamente), enfim. Pretendo continuar
esta série de busca de significado. Suprimindo meus preconceitos e opiniões
formadas sobre tudo. Sendo uma metamorfose ambulante. Quem sabe, entende!
Múcio Morais
ESTE TEXTO É PARTE INTEGRANTE DA PALESTRA “EM BUSCA DE SIGNIFICADO” COM PALESTRANTE MÚCIO MORAIS. CONTRATE PARA SEU EVENTO. Fonezap: (031) 99389-7951