A Filosofia tem emprestado
caminhos desde Tales de Mileto, Heráclito, Parmênides, passando por Sócrates, Platão, Aristóteles, René
Descartes, Friedrich Nietzsche, Immanuel Kant e tantos outros, e mesmo nas
inconclusas teses filosóficas existe o caminho óbvio da humildade. Mas que não
é tão óbvio pelos que somente consideram o aparente, palpável e momentâneo,
perdidos no agora e sem perspectivas temporais e da realidade. (*)Realidade (do
latim realitas isto é, "coisa") significa em uso comum "tudo o
que existe". Em seu sentido mais livre, o termo inclui tudo o que é, seja
ou não perceptível, acessível ou entendido pela filosofia, ciência ou qualquer
outro sistema de análise.
O real é comumente entendido como
aquilo que existe fora da mente particular, mas também pode incluir, em certo
sentido, a realidade interna que existe dentro da mente também. A ilusão, a
imaginação, embora não esteja expressa na realidade tangível extra-mentis,
existe ontologicamente, onticamente* (relativa ao ente — vide Heidegger in
"Ser e tempo")*, ou seja: intra-mentis. E é portanto real, embora
possa ser ou não ilusória. A ilusão quando existente, é real e verdadeira em si
mesma. Ela não nega sua natureza. Ela diz sim a si mesma. A realidade interna
ao ser, seu mundo das ideias, embora na qualidade de ens fictionis intra mentis
(ipsis literis, in "Proslogion" de Anselmo de Aosta — argumento
ontológico), ou seja, enquanto ente fictício, imaginário, idealizado no sentido
de tornar-se ideia, e ser ideia, pode — ou não — ser existente e real também no
mundo externo. O que não nega a realidade da sua existência enquanto ente
imaginário, idealizado.
Quanto ao externo — o fato de
poder ser percebido só pela mente — torna-se sinônimo de interpretação da realidade,
de uma aproximação com a verdade. A relação íntima entre realidade e verdade, o
modo em como a mente interpreta a realidade, é uma polêmica antiga. O problema,
na cultura ocidental, surge com as teorias de Platão e Aristóteles sobre a
natureza do real (o idealismo e o realismo). No cerne do problema está presente
a questão da imagem (a representação sensível do objeto) e a da ideia (o
sentido do objeto, a sua interpretação mental ).
Em senso comum, realidade
significa o ajuste que fazemos entre a imagem e a ideia da coisa, entre verdade
e verossimilhança. O problema da realidade é matéria presente em todas as
ciências e, com particular importância, nas ciências que têm como objeto de
estudo o próprio homem: a antropologia cultural e todas as que nela estão
implicadas: a filosofia, a psicologia, a semiologia e muitas outras, além das
técnicas e das artes visuais.
Na interpretação ou representação
do real, (verdade subjetiva ou crença), a realidade está sujeita ao campo das
escolhas, isto é, determinamos parte do que consideramos ser um fato, ato ou
uma possibilidade, algo adquirido a partir dos sentidos e do conhecimento
adquirido. Dessa forma, a construção das coisas e as nossas relações dependem
de um intrincado contexto, que ao longo da existência cria a lente entre a
aprendizagem e o desejo: o que vamos aceitar como real? Portanto a realidade é
construída pelo sujeito cognoscente; ela não é dada pronta para ser descoberta.
A verdade (subjetiva) pode, às
vezes, estar próxima da realidade, mas depende das situações, contextos, das
premissas de pensamento, tendo de criar dúvidas reflexivas. Às vezes, aquilo o
que observamos está preso a escolhas que são mais um conjunto de normas do que
evidências. (**)
O Texto entre (*)>(**)é extraído
da Wikipedia, no link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Realidade
Entendendo-se por mísera nossa
infeliz relação com o tempo /espaço, a ocorrência e o ocorrido, as crenças e a
realidade subjetivas do eu e das coisas, é espantoso a ênfase que se coloca
naquilo que aparentemente é temporal e ignora-se o caminho da espiritualidade,
se chamarmos assim o intangível, parece-me que os milhares de anos em
tentativas já deveria ter resinificado modelos e crenças, acrescentado
assessórios muito mais eficazes, mas parece-me que a história remonta
sociedades e gerações contaminadas por interesses menores do que as partículas
que os carregam, antimatéria da escória humana, pobres pensadores do óbvio
aparente, pobre mendigos do lixo ultrapassado, pobre cisco voando entre bilhões
e bilhões de astros.
Parece-me que a incapacidade
humana em enxergarem-se, nos coloca no campo imaginário do poder quase
infinito, e, nesse campo, somos capazes de atrocidades tão variadas que a fusão
com o lado negro, se é mesmo que podemos habitá-lo, é uma constatação óbvia.
Ser mais que um cisco voador é
uma ambição inatingível dado à pequena, mínima, quase insignificante partícula
do tempo que nos é atribuída, e ao mesmo tempo, uma oportunidade de nos
colocarmos em nosso lugar, mesmo que seja somente nos lançando a grande
aventura da humildade por ignorância,
Esta lasca do imaginário do
universo, somente por si só já deveria trazer significado na insignificância
humana. Produzir uma conformação sem conformismo, apenas uma acomodação no
espaço onde um ninho da intelectualidade e espiritualidade possam se formar e
causar alguma modelação de juízo.
Os grande que me perdoem, mas a consciência
de nosso ser, ter e estar definidos no olhar infindável do intangível, é uma
gloriosa descoberta de um ser inserido no processo de existência comum, e, traz
um modelo de existência muito satisfatório, diria até mesmo espiritualizado,
perceptivo, sensitivo, intransponível. É aí que encontro Deus. Mas este papo
fica para outro artigo.
Carinho a todos os Ciscos;
Glória a todos que compreendem!
Múcio Morais
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