Porém, vejo que esta indignação
nos faz no mínimo descuidados com nossas expressões, onde, quando e como falar de nossas decepções e expressar nossa
indignação e ira sobre os atores deste grande circo em que se transformou o
Brasil dos políticos.
Ontem fui surpreendido nas redes
sociais com uma amiga que expunha seu filho pequeno, este dizia que “queria
matar o presidente, lançá-lo num foguete pra fora do planeta etc etc etc” As
pessoas curtiam e celebravam a espontaneidade de uma criança de 5 anos com tanta
vivacidade. Comentário do tipo “que gracinha, mata mesmo lindinho” ou “te ajudo
colocando fogo” e por ai vai. Chocante! E, no contra ataque os “amigos” queriam
justificar a candidatura de alguém extremamente suspeito também, com frases do
tipo, roubou mas fez, que País é esse? Mas minha abordagem neste artigo é
educativa.
Este comportamento por parte dos adultos me assustou, estamos perdendo a noção de nossas responsabilidades na formação de um ser humano, cidadão, respeitador e cumpridor da lei, nós ainda somos responsáveis pela construção de uma sociedade pacífica e baseada no respeito ao outro, seja ele quem for.
Uma criança estimulada a este tipo de
atitude será aquele jovem e adulto que levará consigo a famosa e repugnante
pergunta geralmente usada em momentos de crise, nas blitz de trânsito, na fila
do cinema, no caixa do supermercado, no estacionamento do shopping, na recepção
de um hospital, no trato com um funcionário tentando fazer o seu trabalho, com
o garçom: Você sabe com QUEM esta falando?
Estamos ajudando na formação de mais um famoso “QUEM”. Uma contribuição a arrogância e desrespeito à autoridades em diversos níveis, e a insensibilidade presente nos corruptos. Já temos "QUENS" creio que já deveríamos estar na era do equilíbrio e da humildade.
Um cidadão
arrogante que se considera acima da lei, das regras e das pessoas. Esse é o
perigo no desequilíbrio de nossos comentários e em especial no lugar e pessoa errada, nesse caso uma criança. É necessário reaprendermos os limites e
responsabilidades inerentes à formação de uma nova geração. Sou de um tempo em
que havia “conversa de adulto e conversa de criança” e estas não se misturavam.
Salvo algum exagero, havia o cuidado em não se expor as crianças à situações
que exigem maturidade, reflexão e uma resposta coerente.
Nós pais, tios, avós e até mesmo
amigos, precisamos deixar aos pequeninos a lição de “ordem e progresso” em
qualquer situação. Respeitar as autoridades até que se prove o contrário sobre
o cidadão ali investido. Respeitar as hierarquias e submeter-se às Leis e
regras mesmo que não pareçam justas. Cumprir seus deveres antes de reivindicar
direitos. Pensar no bem comum. Ser empático, desenvolvendo a capacidade e a sensibilidade para sentir o
que sentiria outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela.
Amar a Pátria e se colocar a serviço dela. Respeitar todas as autoridades e
instituições democraticamente constituídas.
Isso sim deve ser o que uma criança escuta em casa, na escola e em outros lugares. O aprendizado dentro desta normalidade vai formar um cidadão e não um ativista deslumbrado ou mais um idiota sem causa. Obviamente temos que equilibrar este ensino mostrando a necessidade de vigilância, o valor e qualidade de escolhas certas, do voto, de se expor mesmo com risco próprio para combater a injustiça, enfim, vamos ser mais cuidadosos na educação de nossas crianças, uma ou mais crises não justificam o abandono de uma educação voltada para uma sociedade justa e fraterna. Não chute o balde de nossas crianças.
Não é o final do mundo, ainda temos um longo caminho a seguir, temos muitos trabalhando arduamente, entregam-se diariamente à educar, e o
futuro aponta para uma Nação educada.
Sucesso a todos!
PALESTRAS NA EDUCAÇÃO COM O PROFESSOR MÚCIO MORAIS
Múcio Morais | fone/zap 31
99389-7951 - e-mail: muciomorais@GMAIL.com