Compradores Compulsivos
Comportamento, Causas e Efeitos; Em tempos de crise econômica surgem discussões aprofundadas voltadas para o consumo, investimentos e controle financeiro.
Na verdade essa discussão só se torna imprescindível porque nos tempos de normalidade não adotamos práticas racionais e equilibradas no uso do dinheiro.
Nossas crenças sobre o “dinheiro” e o que ele pode nos proporcionar definem nossos comportamento e por consequência o preço que iremos pagar ao longo da vida.
Algumas perguntas podem ajudá-lo a definir suas crenças e perceber o “tiro de partida” para o consumo desequilibrado. Vamos respondê-las?
Marque uma escala de 1 A 5
- Até que ponto você acredita na expressão “Você é o que você tem”?
- Até que ponto você acredita que “Precisa ter equipamentos atualizados” (Celulares, laptop, eletrodomésticos e outros) para se sentir confortável socialmente?
- Você seria capaz de uma ação antiética se isso lhe trouxesse grande vantagem financeira?
- Você seria capaz de cometer um crime se este lhe trouxesse grande vantagem financeira?
- Você se sentiria inadequado(a) no ambiente de trabalho ou escolar se percebesse que suas roupas (embora limpas e bem feitas) são inferiores (Sem Grife) à das pessoas?
- Você compra(ou) coisas que não utiliza(ou) ou tem pouca utilidade?
ATÉ QUE PONTO VOCÊ REALMENTE ACREDITA NAS SEGUINTES AFIRMAÇÕIES:
(1)Todas as pessoas são iguais,
(2) A roupa não faz o homem,
(3) O que importa é o que se tem no coração,
(4) Caráter vale mais que dinheiro,
(5) Não vale a pena dedicar a vida pra ganhar dinheiro
(6) Família é o mais importante
(7) O dinheiro é a raiz de todos os males;
(8) As pessoas me admiram pelo que “eu sou”;
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Dê uma nota separada para cada pergunta:
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- Você se sente mais “realizado(a)” quando tem dinheiro?
- Você percebe-se mais querido(a) quanto tem dinheiro?
- Você se sente mais “aceito(a)” quando tem dinheiro?
- Você se sente mais “seguro(a) quando tem dinheiro?
- Você se sente melhor “física e emocionalmente” quando tem dinheiro?
- Você se sente mais “equilibrado(a)” para enfrentar as questões do dia a dia quando tem dinheiro?
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O filósofo francês Gilles Lipovetsky falava de “consumo emocional” referindo-se ao consumo, numa sociedade capitalista, como fator de construção de identidade das pessoas.
Ele afirmava que o consumo não é só por status, mas também para ajudar na criação de uma autoimagem.
A busca de relacionamentos com indivíduos dentro da mesma capacidade de adquirir “dinheiro e por consequência posses” desde as mais simples demonstrações de poder de consumo como frequentar lugares “caros”, fazer programas reconhecidamente “caros” passando ainda pelos carros, roupas, assessórios, maquiagens, celulares,
Essa identidade ajuda na socialização pelo consumo, ou seja, buscamos nos relacionar com pessoas que tenham o mesmo padrão de consumo que o nosso. "Se há muito tempo os grupos eram unidos pelos gostos, era a cola que unia os grupos, hoje a cola que une os grupos é o padrão de consumo. Preciso mostrar o que eu tenho.
Qualquer alteração nesse padrão me exclui automaticamente do grupo", diz.
Um efeito colateral do consumo emocional é o "hiperconsumo", também citado pelo filósofo francês. Na prática, é quando aquele produto que te seduziu perde o efeito sobre você.
"Exerce um poder de depreciação e o que antes deu prazer começa a provocar dor", explica Adriana. E a partir daí, você busca se livrar o mais rápido possível, tentando renovar seus produtos. Essa prática pode se tornar um círculo vicioso, o que é muito perigoso.
Múcio Morais
Palestras Workshop de Educação Financeira
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