CRIANDO FILHOS INCRÍVEIS EM TEMPOS DE CRISE - MÚCIO MORAIS

Conseguir a abertura de meus filhos, especialmente Sempre foi um desafio como Pai quando chegaram à pré-adolescência. Conversando com amigos acabei descobrindo que este era um fato comum entre os Pais e em especial daqueles de minha geração e os anteriores a ela. 

Percebi que a maioria de nós não teve muito acesso às questões familiares, aos problemas e dificuldades, as coisas sempre eram tratadas de forma muito reservada. Éramos "poupados" da maioria das encrencas. Coisas pessoais então? Nem pensar. Não me lembro de ter conversado com meu Pai sobre sexo ou mesmo sobre as consequências de minhas decisões. 


Meu Pai foi um homem extremamente carinhoso e gentil, especialmente com os filhos, mas a educação se limitava a esta parte. Tenho me determinado a ser muito mais aberto com meus filhos, percebi que ao me mostrar vulnerável, falho e muitas vezes confuso sobre a vida estou dando aos meus filhos a oportunidade de participar e, ao mesmo tempo, de se sentirem "próximos e unidos" comigo. Dito e feito passei a expressar-me nesses momentos, a perguntar-lhes sobre questões da vida, a compartilhar com eles muitas de minhas mancadas, falhas de caráter e micos de ontem e de hoje, percebi que eles se aproximaram, afinal "somos iguais ao Papai" e às vezes somos até melhores, exceto pela autoridade da qual jamais abri mão. 

Tenho dado a eles a segurança de minha experiência, geralmente tenho uma resposta, um caminho, afinal já errei e já acertei mais vezes do que eles. Mas deixo sempre claro que os erros são etapas, escalas e sem eles não se pode crescer, então, VIVA A IMPERFEIÇÃO! 

Interessante como esta postura é produtiva, traz alívio emocional e isenta-nos da culpa (a má culpa). Nossa imperfeição é fundamental para o desenvolvimento de nossos filhos, não os privemos disso! Nesse caminho não me permiti ser omisso, sou atento e sempre tomo uma atitude, mesmo quando não sei o que fazer, faço alguma coisa, filhos precisam da segurança de que todos os seus atos terão consequência, boas ou nem tão boas. Sem, no entanto, colocá-los no centro das atenções, nada pode ser tão ruim para o caráter de uma criança. 

O equilíbrio entre aceitação e atenção exagerada deve ser cuidado pelos Pais, Filhos são parte da família e não toda ela. 

Também procuro ser sempre muito claro, crianças e adolescentes têm muitas dificuldades na “interpretação dos fatos” então seja claro sempre. Explique e verifique o entendimento. A irritação dos filhos muitas vezes é resposta a essa comunicação defeituosa. 

A Disciplina é outro elemento deficitário nas famílias de hoje, tendem ao extremo, não disciplinam adequadamente por se sentirem ausentes ou extrapolam pelo descontrole emocional. Ao invés de darem limites acabam por abrirem brechas emocionais perigosas, quer pela omissão, quer pelo exagero. Tudo depende de como “me sinto”, criamos uma geração que se passa a ser um valor predominante. Perceba que em todos os â o equilíbrio e as ações com objetivos, desde os elogios, reconhecimento, limites, integração, disciplina e outras ações precisamos ter bem claro o para que” em cada atitude. 

Ser Pais é uma dádiva, um privilégio, porém, desamor, intolerância, arrogância, medo na relação “Pais e Filhos” esta missão originalmente, martírio. Então o que fazer? Reveja tudo, mantenha o que está bom e mude o que não anda bem. Simples assim. 

Boa Vida! 
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Múcio Morais 
Palestras e Workshops para Famílias 
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