O Valor do seu silêncio! - Múcio Morais

(Palestra Comportamental) Estava refletindo sobre o hábito que algumas pessoas têm em expressarem-se quase sempre sobre quase tudo, conheço e tenho amigos assim, confesso que as vezes é aproveitável o que dizem, mas o problema é que dizem tanto que acabam se passando por chatos. 

Geralmente as pessoas não expressam a estes “faladores” o desconforto que causam com este comportamento, na maior parte das ocasiões, apenas os ignoram, dão uma resposta brusca, ou simplesmente os ironizam, enfim, apenas se safam. Se você tem este comportamento, deixe-me dizer-lhe algumas impressões; esta conduta continuada demonstra uma dose de arrogância, a ideia é que você sabe tudo ou entende de tudo, o que não é verdade sobre ninguém. 

E, ainda que não saiba, quer se meter em qualquer tema para demonstrar sua incrível capacidade de entender de tudo. “Estou ironizando, está vendo?” É difícil conviver com alguém que tem esta prática, o sentimento inicial no outro é de inibição, ou seja, se me expressar esta pessoa vai despejar sobre mim uma carga de conhecimentos, opiniões, possibilidades diferentes e versões e, ninguém anda muito a fim disso. 

Quando este instinto de se meter em tudo é muito forte, você, que tem este hábito, passará com o tempo a “divagar” e nesse processo criar fatos fantasiosos ou até dentro de uma realidade razoável, porém sem fonte, base palpável ou empírica, apenas falácia para não passar batido e engolir seco por não saber de alguma coisa. 

O problema com isso é que com o tempo as pessoas percebem seu comportamento e sua credibilidade vai para o espaço, e quando você disser algo, servirá apenas como uma pausa, um parêntese desagradável e inevitável para que os envolvidos continuem a conversa, pós-divagação. 

Fui suave na explanação, mas o que ocorre mesmo é que você se transforma em um “mentiroso e chato” um caça manchete para manter sua audiência alta e as pessoas passam a ser indiferentes e cínicas com você. Então, faça uma auto avaliação, se perceber este comportamento, faça um pacto de “Silêncio” consigo mesmo, não simplesmente o silêncio como resposta, mas o silêncio como convicção de que sua opinião naquela situação não fará diferença, seus conhecimentos não acrescentarão, ou melhor, são pequenos e insuficientes. 

Trabalhe na eliminação do seu orgulho e na necessidade de manter seu “Ibope” em alta, seja notado pela discrição, pelo respeito ao que outros pensam e dizem, pela capacidade de aceitar o diferente. Exercite a autoaprendizagem, observe mais, aprenda com seus pensamentos e os pensamentos de outros, veja como seu ambiente interno e externo terá muito mais paz, isso mesmo, emitir opiniões e expressar com frequência nossos pensamentos e ideias produz estresse, peso e até mesmo culpa futura, considerando que nesses momentos nos comprometemos com nossas palavras e emitimos impressões difusas as quais não poderemos recolher mais. 

Uma reflexão sobre a culpa! Pessoas com este comportamento geralmente são acometidas pela culpa, elas mesmas se cobram por coisas ditas em excesso, percebem que foram além, que mentiram, indicaram direções aleatórias, entraram onde não foram chamadas, provocaram sentimentos e pensamentos negativos nas pessoas, irritaram outras, foram percebidas ou descobertas por outras, enfim, fizeram merda, e, agora estão com uma culpa enorme, cujo conserto ficaria muito caro, envolveria voltar atrás, o que o falastrão dificilmente faria, é o oposto do seu comportamento. 

Ao ler este artigo você pode achar que esta é uma das tarefas mais difíceis de sua vida, mudar seu comportamento inibindo ou eliminando um impulso desenvolvido em anos de baixa autoestima, pela necessidade de ser notado e ter relevância, e, pode acreditar, se você considerar uma batalha, será mesmo, mas se entender os prejuízos causados ao longo de sua vida e a necessidade de mudar rapidamente, você tornará esta tarefa em uma série de práticas agradáveis e a cada vitória, uma dose de paz e satisfação vai inundar você. 

Quer uma receita de bolo? 
Existem várias, mas te darei umas dicas! 

1. Reconheça o hábito de “falastrão” em sua vida;
 
2. Analise e perceba o quanto isso te fez mal ao longo da vida; 
    (Indiferenças das pessoas, cinismo, ironia, descrédito etc.) 

3. Pense em quanta culpa você sentiu ou sente por ter “falado demais.” 

4. Decida que este comportamento vai ser eliminado de sua vida;

5. Comece a ter um momento a sós, reflita sobre a vida, leia um bom livro, enfim tenha este momento        constantemente; 

6. Decida pelo “silêncio produtivo” como parte de sua cura; resolva ficar calado diante dos fatos,              deixe rolar, exceto em casos de vida e morte; 

7. Mantenha-se calado e contabilize quantas opiniões você não deu; tenha orgulho de si mesmo por estar aprendendo a respeitar os outros; 

8. Assuma este novo comportamento, vigie-se, seja prudente, sensato, domine seus impulsos e “Mestre do Universo”; 

9. Mantenha sua bola baixa a este respeito, e, passe a realizar mais e falar menos; Estas são algumas dicas para sua autoterapia, leia mais sobre o tema, e se achar necessário procure ajuda. 

Grande abraço, 

Múcio Morais Palestrante e Educador 
www.muciomorais.com
contato@muciomorais.com  
(31) 99389-7951 
 “LEVE MÚCIO MORAIS PARA SEU EVENTO.”

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